Tendência cada vez mais presente no setor de saúde, a telemedicina no Brasil tem se mostrado uma inovação promissora e que evolui rapidamente ao longo dos anos.
No Brasil, a Telemedicina surgiu na década de 1990. E desde então, ela vem contribuindo significativamente na prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças e outros quadros clínicos.
Isso se deve não só com a inserção de novos recursos tecnológicos, mas também ao interesse dos profissionais em implementar essa prática nas diferentes vertentes clinicas e tornar os serviços de saúde mais acessíveis em qualquer lugar e a qualquer momento.
Só para ter uma ideia, até 2017, oito mil atendimentos tinham sido realizados através da Telemedicina, e o número de mortes caiu de 23 para 11 por mês.
Continue lendo esse post e descubra o que a legislação brasileira diz a respeito dessa prática e como tem se dado sua evolução ao longo dos anos até os dias atuais.
O que a legislação brasileira diz sobre a telemedicina no Brasil?
A telemedicina no Brasil já é uma prática regulamentada. A decisão é relativamente recente e foi feita pelo Conselho Federal de Medicina por meio de Portaria.
Apesar desta ser uma decisão tomada recentemente, a Telemedicina já está presente na área de saúde brasileira há alguns anos. Em 1985 o assunto foi tratado como informática médica na Faculdade de Medicina da USP.
Contudo, foi apenas em 2002 que o Conselho de Medicina começou a elaborar regras sobre esse tipo de conduta. A princípio foram tratados apenas questões de remuneração de serviços.
Em 2003 começaram a surgir as primeiras pesquisas de telemedicina no Brasil. Elas tinham como principal objetivo traçar formas de detecção de diagnósticos, evolução de tratamentos e acompanhamento remoto.
Mas, foi em 2011 que a verdadeira ascensão da área começou a acontecer. Atualmente, com a recente determinação do Conselho, as principais áreas que foram regulamentadas são:
1. Teleconsultas
Como o próprio nome diz, a teleconsulta nada mais é do que uma consulta médica realizada por intermédio de recursos tecnológicos onde médico e paciente encontram-se em localidades geográficas distintas.
2. Tele UTI
A Tele UIT é uma das áreas mais fortes da telemedicina no Brasil. Basicamente esse segmento se constitui em um sistema que conecta os pacientes e profissionais que estão à beira-leito com especialistas espelhados por todo o país.
Para isso, são utilizados diferentes recursos, como Big Data e Inteligência artificial. Dessa forma é possível monitorar os pacientes, prevenindo riscos que comprometam sua qualidade de vida.
3. Telecirurgia
A telecirurgia também é uma das áreas da telemedicina no Brasil que tem se desenvolvido de forma avançada. Isso se deve principalmente aos avanços relacionados a robótica e inteligência artificial.
Ela diz respeito a realização de procedimentos cirúrgicos com diferentes recursos, como tecnologias de telecomunicação, óculos de realidade aumentada e robôs.
A primeira vez que esse tipo de tecnologia foi colocado em prática foi em 2000. Na época, um médico nos Estados Unidos guiou um robô em um procedimento aplicado para resolver uma solução de varicocele.
4. Telemonitoramento
O telemonitoramento também é uma área em ascensão. Basicamente ele diz respeito a observação e monitoramento de pacientes de maneira remota.
Essa prática tem sido amplamente utilizada em casos de pacientes crônicos e em pós-operatório, tendo em vista que eles precisam de cuidados e atendimentos 24 horas por dia.
A telemedicina no Brasil e no Exterior
Com a recente portaria que regulamenta uma série de áreas e serviços, a telemedicina no Brasil tende a se fortalecer e aperfeiçoar nos próximos anos. Se comparada a outros países, no Brasil, ela ainda tem muito a evoluir.
Isso porque, em locais como os Estados Unidos, ela já está presente com mais força no dia a dia de milhares de pacientes. Seja por meio de aplicativos, consultas por videoconferências ou cirurgias via robôs.
A UnitedHealthcare, por exemplo, fez várias parcerias com empresas provedoras desse tipo de serviço. Além disso, cabe citar o Mercy Virtual, um serviço de saúde de Saint Louis no Missouri que é conhecido como o hospital sem camas.
Isso porque ele presta atendimento e suporte remoto para unidades de cuidados intensivos, salas de emergência vários outros programas de 38 hospitais da Carolina do Norte até Oklahoma.
Tendo em vista os avanços tecnológicos e a regulamentação atual, a telemedicina no Brasil tende apenas a crescer, diminuindo os custos com saúde no país, promovendo atendimentos de qualidade e aumentando a qualidade de vida de pacientes.